Ao falarmos sobre peixes ornamentais, uma das maiores preocupações do aquarista, seja ele iniciante ou não, é a alimentação de seu peixinho. Ainda que haja diversas informações pela internet, nem todas são confiáveis, por isso é necessário ter uma série de cuidados na hora de alimentá-lo. É preciso fazer um estudo prévio sobre as necessidades alimentares de cada espécie e comprar de fornecedores de boa qualidade.
1. Conheça seu peixe
É importante que o aquarista saiba com qual peixe está lidando para não cometer erros, quando se trata de alimentação, os peixes podem ser divididos em três tipos diferentes de formato bocal e isso influência diretamente na sua forma de se alimentar.
PEIXES COM LÁBIOS INFERIORES SOBRESSALENTES
Os peixes com lábios inferiores sobressalentes possuem uma boca muito parecida com uma pá, a parte inferior é mais comprida do que a superior, assim é necessário que a comida bóie na superfície da água para que o peixinho consiga se alimentar.
PEIXES COM LÁBIOS EQUIVALENTES
Estes são os peixinhos que possuem o formato de uma boca normal, com lábios iguais. Eles podem ser alimentados tanto com rações que ficam na superfície quando as que ficam depositadas no fundo do aquário.
PEIXES COM LÁBIOS SUPERIORES SOBRESSALENTES
Os peixes com lábios superiores sobressalentes precisam que os alimentos estejam no fundo do aquário para conseguirem se alimentar, o formato e sua boca funcionam como uma espécie de sugador.
Agora que você sabe identificar qual o tipo correto de ração para o seu peixe, é necessário se atentar a alguns outros fatores:
2. Receitas caseiras não são uma boa ideia
Não! Não! Não! A não ser que você possua conhecimento sobre alimentação animal, não prepare rações e patês caseiros para seus peixes. Não siga receitas da internet ou de amigos, uma ração ou patê que não seja corretamente formulado pode conter excesso de gordura animal ou outros nutrientes que podem comprometer a saúde de seus peixes.
3. A nutrição é muito importante
Uma nutrição ruim pode acarretar diversos problemas ao seu peixe como: má formação óssea, emagrecimento, cores pálidas, comportamento apático e liberação de matéria orgânica em excesso como amônia e nitrito, assim prejudicando a qualidade da água. Por isso é necessário utilizar rações de boa qualidade em seu aquário, o uso de rações que possuem partes de animais de sangue quente em sua matéria prima ou rações embaladas manualmente das quais não se tem conhecimento da procedência não são indicadas aos peixes.
4. Cuidado com os alimentos vivos
Os alimentos vivos ou crus podem ser fonte de parasitoses e verminoses, a menos que você tenha certeza da procedência, não utilize estes tipos de alimento. Prefira as rações que possuem ingredientes balanceados vão suprir as necessidades nutricionais de seus peixes e são livres de qualquer tipo de patógeno.
5. Cuide dos parâmetros da água
Rações de alta digestão e balanceadas (aquelas que possuem maior aproveitamento dos nutrientes) resultam em menor quantidade de matéria orgânica liberada sob a forma de fezes e amônia, pois sua maior porcentagem de massa é convertida em nutrientes aproveitáveis pelo organismo do peixe, tais como proteínas estruturais e funcionais, já as de baixa digestão geram maior quantidade de fezes e amônia.
6. Variedade de rações
Ainda que você tenha uma ração que adore, é necessário lembrar que devemos variar na dieta dos peixes, ou seja, não se deve permanecer com a mesma ração durante longos períodos. A variação na dieta dos peixes é importante para que não haja desequilíbrios nutricionais, principalmente em aquários comunitários nos quais os requisitos nutricionais são diferentes para cada peixe.
Alimentos variados fornecem opções ricas em pro bióticos, afinal assim como nós os peixes também necessitam de matérias que estimulem o funcionamento correto de seus sistemas digestórios e não só substâncias de valor energético e estrutural.
7. Observe a validade da ração
No momento que o lacre é quebrado a contagem regressiva para a validade ração se inicia, esse tempo varia de acordo com as condições ambientais e de manuseio do produto. Se você retira a ração do pote com os dedos você adiciona micro-organismos como bactérias e fungos que aceleram o processo de decomposição.
Outro fator importante é a quantidade de ração que o seu peixe consome e a que você compra, não adianta comprar um pote de ração maior visando a economia sendo que o seu aquário não o consome em tempo hábil, assim ao invés de poupar você terá desperdiçado o seu dinheiro.
Se você utiliza alimentadores automáticos, procure abastecê-los com quantidades pequenas, que durem para o período de uma semana no máximo, pois o alimentador deixa um espaço aberto que permite contato constante com o ar umidade e ainda permite a entrada de pequenos insetos que irão contribuir para deterioração do alimento.
8. Cuidados na hora da alimentação
Que a ração é um fator muito importante para o peixe não é novidade. E agora que você leu as dicas acima o processo de alimentação ficará ainda mais fácil, mas existem outros cuidados específicos na hora da alimentação dos seus peixes.
Alimente seus peixes quando o ambiente estiver iluminado, assim os peixes conseguiram encontrar o alimento com maior facilidade;
Coloque apenas uma pessoa como responsável pela alimentação dos peixes. Assim, evita-se que os peixes sejam alimentados em excesso, o que pode levá-los a morte;
Observe o tamanho do grão da ração. Às vezes ele é grande demais para a boca do peixe e isso pode impedi-lo de se alimentar;
A alimentação dos peixes pode parecer difícil em um primeiro momento, mas não é. Basta se atentar a procedência da ração, procurando assim escolher marcas de qualidade e com boas referências no mercado. Na Kauar você encontra rações das melhores marcas para o seu peixe, confira!
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